sexta-feira, 26 de outubro de 2012

(Re)Volta!


                Conheço já de trás para a frente aquela hora da manhã em que acordo e tudo parece normal, tudo parece bem… Mas é certo que apenas ‘parece’ e eu tenho que agir como se não houvesse nada de errado, fugindo assim às perguntas e comentários daqueles que, por alguma razão, dizem que se importam (mesmo não sendo verdade).
                Sinto um total vazio dentro de mim. Um desespero apodera-se do meu ser, naturalmente. Sinto saudades de ‘nós’ pois as memórias continuam presente todos os dias como se alguma vez tivesses feito realmente parte de mim. Fala-se de sentimentos a toda a hora, fala-se de rancor. Mas a verdade é que de alguma forma, tudo está ligado: o afecto que por alguma razão não demonstro e o ódio que guardo comigo por não ser sincera contigo a cento e um por cento. Tento evitar lágrimas, mas o meu medo é maior. Ninguém sabe como me sinto, nem eu sei. Sei que a cada dia que passa eu cresço um pouco mais, cometo mais um erro e sorrio sem um motivo certo. Desculpa se de alguma forma te desiludi ao abrir os olhos da pior maneira, depois de me teres avisado vezes sem conta. Tu deste-me o que tinhas e eu não fui suficientemente forte para guardar isso comigo e hoje arrependo-me de não ter feito sequer o mais pequeno esforço. A verdade é que preciso de ti de qualquer maneira, preciso dos teus abraços e das tuas mensagens matinais. Preciso de te sentir ao meu lado, de viver um presente contigo e saber que é ao teu lado que estou segura.
                Mas sei que agora é tarde para te pedir que fiques. As portas fecharam e resta-me ficar com a revolta interior que me acompanha agora por te ter deixado partir assim, sem uma simples explicação. Só queria que numa manhã próxima, eu pudesse novamente abrir os olhos e saber que estavas de volta para junto de mim e que aquele ‘parece’ deixasse de existir. 


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