sábado, 9 de julho de 2011

Dói !

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque
cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem


                     Sophia de Mello Breyner Andresen



Dói-me quando passas por mim sem quase notar a minha presença.
Dói-me quando me sorris sem teres a noção do quanto és importante.
Dói-me saber que não sentes a minha falta.
E hoje, sentada neste quarto vazio, dei por mim a pensar na estúpida que fui e que sou. Nas esperanças depositadas em ‘nós’ e nos sonhos que vão ficar por realizar. Não sei o que quero de mim, nem hoje, nem no futuro que se aproxima. Neste momento o meu único pensamento és tu, mais ninguém. E como ambos sabemos, não és presente nem serás o meu futuro.
As pessoas dizem que é Amor. Eu chamo-lhe de Obsessão. Posso estar errada, porque talvez ainda não tenha descoberto a verdadeira definição de « Amor ». Faço de tudo para não te querer, mas não consigo. Em todos os momentos do dia o teu nome paira na minha cabeça. Dou por mim a escrever o teu nome nas folhas perdidas por aqui. Tornaste-te num vício quase impossível de suportar. És inspiração. Ultimamente tudo o que escrevo é para ti, mas tu não sabes. Se lês, não sei. Mas escrevo. Escrevo com esperança que descubras e que fales comigo. Escrevo porque és meu, nos meus sonhos. Gostar de ti era o meu segredo, mas os meus olhos brilham quando falo de ti, o meu sorriso abre-se mais e a minha face cora. Não dá para esconder nada. Mas digo-te sinceramente que me dói saber que eu e tu é uma história irreal, mesmo que cada instante contigo tenha sido vivo para mim.  
Já aprendi com os meus erros. Tomarei o bom e o mau e continuarei a respirar. O que tiver que ser, será.

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